Saudade de Carl Sagan

Para muitos, o nome Carl Sagan não significa absolutamente nada. Para mim, o contrário. Significa lição de vida. Foi um homem extraordinário que tentou abrir os olhos da humanidade contra um mundo assombrado pelos demônios da ignorância e do obscurantismo em favor da ciência. Teve êxito com muitas pessoas. Falhou com as outras que preferiram as trevas do fanatismo religioso.
Foi com mais ou menos sete anos de idade que o conheci. Jamais o esqueci. Através de sua série para televisão COSMOS, aprendi a olhar para o alto, para o céu, e enxergar além do "paraíso" ao qual eu havia sido apresentada (na verdade, eu nunca acreditei em paraíso celestial). Comecei a me aprofundar na imensidão do cosmos, nos bilhões e bilhões de galáxias compostas de bilhões e bilhões de estrelas e, quem sabe, outros planetas com possibilidades orgânicas e probabilidade de vida inteligente igual ou superior à nossa. Uau....dá para filosofar sobre isso por horas.
Há quem acredite que somos apenas nós. Não há vida lá fora. Eu não acredito nisso. Como disse o próprio Sagan, "se não houver mais ninguém lá fora, é um enorme desperdício de espaço, não?".
Enfim, Sagan me ensinou muito mais do que astronomia e astrobiologia. Me ensinou a prestar mais atenção neste pálido ponto azul que é o nosso planeta, pois, no momento, é o único que temos certeza da existência de vida. Se não cuidarmos dele, o que será de nós? Sagan já previra o aquecimento global nos anos 80. Ninguém o levou a sério. Bom, sabemos o que está acontecendo com o clima.
Sagan deixou saudades. Quando morreu, senti como se tivesse perdido mais do que um mentor. É como se tivesse perdido um amigo.

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