Quero ser Sir Morus
Quero
ser Thomas Morus. Quero criar minha própria
ilha utópica, a Minha Ilha Utopia. Lá, tudo funcionaria justa e perfeitamente.
Um
lugar para ser chamado de paraíso. Paraíso para a sinceridade nua, crua e arrebatadora.
Em Minha Ilha Utopia, quero poder dizer
a verdade que se enrosca na minha garganta e me sufoca. E os outros escutam,
somente. Não reagem.
Quero reclamar do desserviço,
descaso, da ignorância, da tangência. E os outros refletem, somente.
Quero gritar que não quero, não
preciso, não tenho que, não sou obrigada, não devo fazer. E os outros
compreendem, somente.
Quero ser arrogante, humilde,
egoísta e solidária, quero ser individualista e comunista. Quero ser selvagem e
taciturna. E os outros observam, somente.
Quero ser, estar, parecer e
aparecer. E os outros também.
Mas, tirar a “persona” é, e sempre
será, difícil.
E, por fim, ser canonizada, aclamada
e adorada.
Não há melhor lugar do que a Minha
Ilha Utopia.
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